Sl Underground Magazine: A mudanca Capitulo 03 - por Morgause

15/06/2014

A mudanca Capitulo 03 - por Morgause

Morgause era uma valente menina, nascida em um castelo de vampiros, mas que havia sido criada por hunters e sempre viveu em conflito com o que a ensinaram crer. Após reencontrar sua mãe e ser transformada em vampira, não esperava que sua nova não vida lhe reservaria tantas mudanças, principalmente após conhecer a humana Linee em um trem acidentado.
A mudança Capitulo 03
Passado alguns meses o inverno chegou e com ele uma densa geada cobria a cidade. eu já estava instalada, no Hotel local de propriedade de alguns vampiros, eu gostava de perambular pelas ruas da cidade aproveitando que as noites frias diminuíam a movimentação humana. Em uma noite particularmente fria, enquanto observava a cidade do terraço do Hotel, percebi que o trem que passava sempre naquele mesmo horário atipicamente não reduziu a sua velocidade, passando direto pela estação local. Poucos minutos depois, ouvi um distante barulho que vinha da região montanhosa para onde o trem havia seguido. Como sempre fui caçadora de emoções, eu então resolvi ir até o local para descobrir o que havia ocorrido.
A lua já estava alta, em uma noite especialmente fria, a geada cobria toda a vegetação próxima da linha férrea, uma nevoa começava a se desprender do chão, tornando o ar úmido. Em meio a esse nevoeiro e apesar do frio que devia estar fazendo eu usava um casaco de couro aberto, caminhando com passadas firmes pelos trilhos. Seguia em direção ao barulho que havia ouvido quando estava no alto do Hotel, pois queria descobrir o que tinha acontecido. Após me afastar um pouco da cidade notei uma pessoa encolhida sentada em um dos trilhos e ao me aproximar, percebi que se trata de uma mulher. Nesse momento um barulhento grupo de pessoas também se aproximou, fazendo com que a mulher de longos cabelos escuros despertasse assustada e me olhasse nos olhos. Senti uma atração ao olhar nos olhos daquela mulher, ela se encontrava com os lábios roxos de frio e um olhar assustado.
Passado o susto do barulho que lhe acordou, ela começa a chorar, eu não fazia ideia do motivo daquele choro, já que os humanos demonstravam sentimentos mesmo quando nada acontece. Quase num sussuro lhe perguntei: 'Porque o choro?'. E ela me respondeu: 'O trem descarrilou e durante o acidente, torci meu tornozelo.'
Então me ofereci para leva-lá até o hotel local a amparando e carregando a sua mala, ela então colocou sua delicada mão nos meus ombros enquanto a abracei pela cintura, e seguimos lentamente para a cidade.
Chegando ao hotel, a encaminhei aos cuidados da recepção, onde ela pediu um quarto simples para passar a noite. Enquanto a moça se acomodava, e provavelmente tomava um banho para se aquecer, resolvi ir até a cozinha do hotel para pegar uma caneca de chocolate quente e gelo, como desculpa para procurar a morena novamente, pois não conseguia tirá-la da cabeça. Bati suavemente na porta do quarto e esperei. com um sorriso que não sabia de onde vinha estendi a mão e falei: 'Chocolate quente? Vai lhe ajudar a aquecer.' Ela aceitou e me convidou para entrar, respondi: 'não irei entrar, pois sei que precisa descansar, vim apenas para me apresentar e ver se estava melhor. A propósito, sou Morgause, mas pode chamar de Morg' e lhe entreguei a bolsa com gelo completando: 'para o pé'. Mas a morena insiste: 'Entre sim, preciso mesmo de compania, e o meu nome é Linee'. Aceitei o convite, e passamos um bom pedaço da noite conversando.
Linee então decidiu ficar um tempo na cidade, então lhe chamei para sair à noite, e a levei a uma boate onde só tocava eletro, enquanto dançávamos, Linee se aproximou apoiando as mãos em meus ombros e ficando na ponta dos pés para me falar algo, a segurei pela cintura com uma das mãos, chegando ainda mais perto a fim de ouvir o que ela tinha a dizer, mas nossos olhares se cruzam novamente, e sem pensar coloquei a outra mão por entre os seus cabelos e então lhe beijei os lábios bem lentamente, quando percebi que Linee se arrepiava com o beijo me veio uma imensa vontade de sentir o gosto do sangue dela em minha boca. Quando percebi que poderia perder o controle surtei, afastando Linee com um empurrão, saí correndo pela porta da boate e continuei correndo pelas ruas da cidade, batendo algumas vezes com a cabeça pelas paredes, e repetindo várias vezes: 'O que está acontecendo?' Cheguei até o Hotel, e subi correndo até o terraço, lá fiquei andando de um lado para o outro, batendo a mão na cabeça, e repetindo para mim mesma: 'Tente se controlar! Tente se controlar! Morgause o que está acontecendo com você?'
Continuei no terraço do hotel, sentada no chão, bem no cantinho, ainda batendo com a cabeça e falando sozinha 'minha cabeça está confusa, mas essa sensação... esse sentimento é gostoso.' Então me viro para a parede e começo a conversar com ela: 'acho que estou gostando da Li , sinto uma vontade de ficar sempre perto dela, mas minha cabeça está me deixando perdida.' E a parede me lembra: 'Foi você quem fugiu dela'. 'Eu sei que eu corri dela lá na boate, mas eu vou procurar ela, vou conversar e explicar.' E a parede me alerta: 'Vai assustá-la.' 'Não, não, eu não acho que irei assustar, mas preciso me declarar para ela...' dei algumas pancadas na parede com a cabeça. Mas a parede ainda me lembra: 'Você não é humana como ela.' 'É verdade, eu tenho que contar a ela que não sou quem ela acha que sou, e isso sim acho que pode assustar, mas uma hora terei de contar a ela.' Me levantei e fui para dentro do hotel, quando esbarrei com o recepcionista que estava com um bilhete pronto para me entregar. Peguei o bilhete com ele e continuei andando em direção ao quarto da Li.
Chegando à porta do quarto, bati com bastante força ao mesmo tempo em que guardava o bilhete no bolso do meu casaco, sem nem ao menos ler. Ao ver que ela estava abrindo a porta, não esperei terminar, já que ela havia me convidado antes e eu entrei no quarto, segurando-a pela cintura, puxando-a para perto, fechei a porta do quarto com um chute, apanhando-a pelos longos cabelos, dei-lhe um beijo em sua boca, e senti novamente ela se arrepiar, igual foi na boate, só que dessa vez eu não fugi correndo, continuei beijando ela, aproveitando a maciez de seus lábios. Passado o susto, ela começou a corresponder ao beijo e retribuir as caricias, me puxando pela cintura para mais perto, me apertando junto a ela, demonstrando medo de que eu fugisse novamente, como se pudesse me segurar caso eu quisesse fugir. Mas eu estava decidida quando fui ao seu quarto, ainda não sabia como contaria toda a verdade, mas não fugiria novamente. Sem prestar muita atenção ao que eu mesma fazia, fui descendo lentamente o roupão branco que ela vestia, beijando-lhe o pescoço e o ombro, enquanto ela colocava suas mãos por dentro do meu casaco e acariciava meu seio. Sem largar seu cabelo, usando apenas a mão livre, abri seu roupão, fazendo com que ele escorregasse pelo seu corpo até cair ao chão do quarto, revelando que estava vestida apenas de calcinha e camiseta. Puxei então meu casaco, enquanto ela já começava a subir minha blusa, fomos nos agarrando até a cama, onde terminamos de arrancar nossas roupas e seguimos com as carícias. Em meio a toda aquela euforia de tê-la em meus braços, não me segurei, acabei mordendo seu ombro em meio as carícias e pude ver pela reação dela que isso provocava-lhe imenso prazer, tanto que ela nem mesmo percebeu o que eu era de fato. Paramos apenas quando ela já estava completamente exausta e adormeceu deitada em meu peito enquanto eu lhe fazia carinho nos cabelos.
Continuamos com nossos encontros, cada vez mais ardentes, por noites e noites, onde eu sempre acabava me alimentando dela, aproveitando que ela se envolvia tanto no prazer que lhe proporcionava que nem mesmo notava o que acontecia. Até que uma noite, enquanto eu me preparava para ir ao seu quarto, encontrei seu bilhete, até então esquecido no bolso do meu casaco. Peguei o bilhete, sentei na beirada da janela e me pus a lê-lo:
Morg,
Sinto tudo ter tomado esse caminho, sua amizade foi muito importante para mim. Acho que eu teria morrido de frio nos trilhos daquele trem sem a sua ajuda. Mas já não posso ficar. Tenho meu coração partido por um antigo amor e sinto que se eu continuar a te ver acabarei com ele partido novamente. Amanhã mesmo vou procurar um jeito de ir para um lugar distante, e nunca mais ouvirá falar de mim.
Obrigada por todo carinho,
Linee
Quando terminei de ler me senti completamente perdida. Puxei minha boneca Frô de cima da cama, para nos sentarmos no cantinho do quarto, enquanto desabafava com ela: 'Ela ama outro, como pode? Ela ama outro!!' Frô, completamente enciumada me responde: 'Acaba com a vida dela, assim ela não sofre mais.' 'Mas queria ela perto de mim', respondi para Frô. 'Você nem conversa quase comigo desde que ela apareceu. Só fica com ela e ela nem ama você, ama outro, acaba com ela!', instigava a boneca. 'Ela sofre por ele, ela sofre por ele', eu repetia. 'Acaba com ela que ela não sofre mais!', insistia Frô.
Nesse momento, enquanto eu conversava com a boneca ouvi alguém batendo na porta, e imediatamente dispensei: 'Quero ficar sozinha!', e a pessoa me respondeu: 'Fiquei preocupada, você não foi me ver hoje. Senti sua falta!', percebi então que era Li que estava logo ali. Olhei para Frô, ela logo incentivou: 'aproveita, mata logo ela, acaba com toda dor que ela sente, acaba com o amor que ela sente, ela não vai mais sentir nada, mata ela vai!'.
Me levantei do chão e gritei: 'Vou abrir, espere!'. Coloquei a Frô sentada na poltrona no canto do quarto, para que ela pudesse assistir tudo que eu faria com a morena que gostava de outro. Passei as mãos pelos meus cabelos rapidamente, para que Li não visse o estado que eu realmente me encontrava e devagar girei a maçaneta da porta, deixando que a luz do corredor entrasse pelo quarto.
'Entre! Venha conhecer meu quarto', convidei. Ela foi entrando devagar, tentando acostumar seus olhos a pouca luz que havia ali. 'Senti sua falta' repetiu ela. 'Não sei o que acontece, parece difícil ficar longe de você', e como nada falei ela continuou: 'Nunca senti com ninguém o que sinto com você, você me faz chegar a lugares que nunca nem imaginei, sem nem mesmo sair da cama com você.' Então era isso, ela estava apenas envolvida por todo prazer que eu podia proporcionar a ela. Olhei para a boneca e ela sussurrou baixinho para mim: 'Ela só quer prazer com você, ela ama outro, não esqueça.'
Fui me aproximando devagar dela, passando meus dedos em seus cabelos, contornando devagar seus lábios, já conhecia o gosto dela, sabia o que a fazia perder a cabeça. Puxei devagar seus cabelos, até fazer seu pescoço ficar livre para mim, fui beijando lentamente, passando a ponta da língua enquanto subia até o lóbulo de sua orelha. Bem lentamente fui tirando sua roupa, enquanto ela também tirava a minha. Mas não perdia meu foco, ia fazer como Frô tinha dito, ia acabar com o sofrimento dela, ela já que ela não me amava, ela também não amaria mais ninguém a partir daquele dia.
Continuamos na troca de carícias até ouvi-la sussurrando o meu nome, gemendo de prazer, quando lentamente mordi seu ombro, e fui sugando seu sangue, me alimentando dele devagar, ela se contorcia mais e mais sentada em meu colo, não pude deixar de me extasiar naquela sensação, era indescritível a sensação de vingança somada ao extremo prazer provocado por beber sangue humano. A medida que eu continuava a sugar percebi que ela se tornava mais lenta, seus sussurros e gemidos se tornavam mais abafados, eu sabia que estava chegando ao fim. Quando para minha completa surpresa, ela com muito esforço sussurra no meu ouvido: 'Nunca pensei que fosse ser capaz de amar novamente, obrigada por me devolver meu coração!'. Então ela desmaiou em meus braços, perdendo sua consciência.
Em choque paro de sugar seu sangue, perdida, sem saber o que fazer. Ela pesava em meus braços, pálida, quase sem vida. Imediatamente grito para Frô: 'Me ajude!! O que faço agora? Não tenho como voltar atrás! Ela me ama, Frô, ela me ama!!'. A boneca responde mal humorada: 'Ama nada, ela só ama o prazer que você dá a ela'.
Coloquei seu corpo inerte sobre a cama, e começo a andar de um lado para o outro puxando os cabelos: 'O que faço agora? O que faço agora?'. Sem pensar muito, voltei ao corpo da linda morena que disse me amar, termino de sugar seu sangue e depois disso mordi os meus próprios lábios fazendo com que um fio de sangue apareça neles. Cobri lentamente os lábios dela com os meus, para que ela possa beber do meu sangue. Era só o que eu poderia fazer agora, não podia permitir que ela morresse após declarar seu amor por mim.
Arrumei a cama, e a acomodei entre os lençóis, cobrindo seu corpo nu e enquanto ela não acorda visto rapidamente minhas roupas e saio apressada do quarto em busca de sangue, pois ela precisará quando acordar.
Quando retornei ao quarto, após algum tempo, vi que ela ainda estava adormecida. Deixei uma taça no criado mudo, ao lado dela e algumas garrafas com uma bebida rubra no chão. Me sentei a beira da cama e vi Frô olhando para mim, ela franze sua testa e me repreende: 'Era para você acabar com ela, era pra destruir tudo que ela sentia, mas olha o que você fez!!', colocando a cabeça entre as mãos respondi cansada: 'Eu não podia! Não podia mais! Ela me ama Frô, ela disse que me ama! Como eu poderia matá-la se ela me ama?'
Nesse momento ouvi Li fazer um barulho atrás de mim e olhei para ela. Li estava com a mão sobre os lábios, com uma expressão de pavor, 'Você queria me matar?' perguntou ela. 'Não, nunca, mas Frô, Frô insistiu que eu deveria. Ela acha que você não me ama.' 'Mas quem é Frô?' perguntou ainda assustada. Sem graça, porque sempre me tomavam como louca quando eu dizia isso, apontei em direção da boneca de cabelos cor de rosa sentada na poltrona no canto do quarto. Li fixou seus olhos arregalados na boneca e logo depois começou a gritar: 'Amo sim!! Quem é você para dizer que não amo? Tá dentro do meu coração por acaso? Não quero papo com você sua boneca feia.' E como se nada tivesse acontecido, virou para mim e ficou me olhando. Me levantei da cama, peguei a taça que estava no criado mudo, a enchi usando uma das garrafas ao pé da cama e a ofereci para ela: 'Tome, você precisa disso, vai se sentir melhor, tem mais aqui. E mais tarde, quando for noite, te levarei para aprender a caçar. Enquanto isso lhe explicarei tudo que aconteceu e o que somos.'
Providenciei naquele dia a mudança dela para o meu quarto, e nas noites seguintes fui lhe ensinando truques para caçar e não ser percebida. Também lhe ensinei tudo que precisava saber sobre o seu novo mundo.
Quando já estava habituada a sua nova condição, resolvemos nos mudar para um lugar mais discreto, eu havia ouvido falar de uma cidade, não muito distante, onde seria possível ficarmos. Partimos então de trem em busca de uma nova não existência.
Crônica por Morgause grut 
Photo By Vampire kingdom
Envie sua Crônica para Heder Zapatero no SL
"Trilhas de Sabedoria de vampiros do SL" essa coluna busca relatar um pouco das verdadeiras histórias de vampiros dentro do second life, são relatos sem demagogia e sem atitudes forçadas de pessoas que adoram se aparecer, as crônicas e contos são situações vividas por vampiros que encarnam completamente o estilo de vida e o personagem no second life revelando toda sua magia e um mundo cheio de possibilidades.
As trilhas de Sabedoria nada mais é do que a história deles pois nem todos os vampiros desejam seguir o mesmo código de moralidade que os mortais. Alguns dão as costas aos valores e crenças dos humanos em algum momento após o Abraço. Porém, os caminhos são muito diversos e divergentes entre si. Enquanto alguns não são antagônicos aos valores dos mortais, outros são uma aberração, muitas vezes considerando os humanos como seres inferiores, que vão desde seres que precisam ser protegidos a mero gado.

0 comentários:


Sl Underground Magazine © 2014. Sl Underground Sponsored by: hedezapatero